não sou deste século
Que me perdoem DRUMMOND, OSWALD e MÁRIO de ANDRADE
Que me perdoem o MODERNISMO, a fumaça, a cidade:
Mas não sou deste século
Sou noturno, taciturno, fugitivo
Sou arredio, desregrado, angustiado.
Eu deveria pertencer ao BARROCO gregoriano
Eu deveria nascer no ROMANTISMO hiperbólico
Eu deveria dizer que sou EXAGERADO, mas alguém, antes de mim, já falou.
Que me desculpem todos os modernos
Que me perdoem todos os contemporâneos
Mas não sou deste tempo
Não pertenço a este momento
Sou Antropocêntrico X Teocêntrico
Sou o centro de meus questionamentos
SOU o meu LAMENTO, meu SOFRIMENTO, minha LIBERDADE e minha FUGACIDADE.
Que me perdoe VOCÊ LEITOR
Que me desculpe
Mas reitero MEU ANSIOSO DESEJO
DE MORRER nesse século
E retornar, se possível for
Ao passado rebelde, evasivo, lúgubre, indígena,
MELANCÓLICO... ROMANESCO.
Penélope S.S.
06/08/07 12:25h
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