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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ser mãe é...

Ser mãe é...


Ainda que não se saiba o que virá;
Ou mesmo sem reconhecer o que um dia lhe saíra do ventre

O amor incondicional
Revela-se nos olhos de quem se chama MÃE.

Ainda que finde toda a consciência;
Ou mesmo sem atinar para a suavidade do amor que vos fala

O indestrutível poder materno
Revela-se nos olhos de quem se chama MÃE.

Ainda que cessem as palavras;
Ainda que se calem todas as vozes;
Ainda que todos os meios sejam inúteis
E nada reste.

Ainda sim,
Revelar-se-á toda a sapiência divina
Nos olhos de quem se chama MÃE.

Penélope SS

27-6-14  21h:02

sábado, 7 de junho de 2014

Teus olhos

Teus olhos


Teus olhos vi
No meio da noite
E dentro dela vi
O quanto teus olhos
Reluzem e luzem

São duas pérolas que
Amalgamam meu ser
E sendo eu inteiramente
Tragado por eles
Deixo-me ir e ir e indo

Até o mais alto de tua montanha
Até às alturas, nuvens orientais;
Brancura milenar.

Até onde a noite me levar
Desejo ir
Até onde teus olhos me guiarem
Seguirei na intensidade de teu olhar.

Guia-me passo-a-passo
Que teu me faço
Seguidor.

Penélope SS

7-6-14  21h:19

Poema estático

Poema estático


E o verso se fez retina e,
mirando-me através do cristal luminoso
diante de mim, sussurrou-me
o nome mais inebriante que as uvas de Baco;
mais extasiante que as sonatas bachianas.
e o nome dito era o teu, e tão somente o ouvi
me veio à mente teu rosto
marmoreamente estático e luzente.

Penélope SS

7-6-14  21h:32

Espera-se

Espera-se


Em poucas linhas diz-se o mais importante;
Inebria-se o pensamento apenas a lembrança
Dos poucos minutos passados;
E o teu cheiro me vem com o balançar das flores.

Em poucas linhas diz-se muito;
E espera-se tanto, mesmo sem saber
Se haverá confirmação no desejo sentido.

Em poucas linhas diz-se muito;
E ouvi-se: aguardai-vos!

Penélope SS

7-6-14  21h:53

Tardio pôr-do-sol em Maceió

Tardio pôr-do-sol em Maceió


Tardio pôr-do-sol em meu caminho e
Angustiante e desesperadamente caminho
E caminho na tentativa da sombra sem calor,
Da brisa que paira na orla gélida de minha cidade.

Maceió cantada em verso e prosa,
Te quero desinfecta e livre de quem te usurpa.

Tardio pôr-do-sol em meu caminho e
Loucamente suplico-te abrigo, querida amiga;
Cidade onde plantei meus sonhos e desventuras

Agruras, aflições e reflexões de um filho teu.

Tardio pôr-do-sol em meu caminho e
Ainda e sempre e mesmo com tua face marcada
Ainda sim, querida Maceió, estarei e permanecerei
Deitado em teus braços.

Penélope SS

7-6-14  22h:18  

Batalha vital

Batalha vital


Ao longe vejo o tempo a correr e a escorrer
Por entre os minutos e segundos dos velozes dias.

A cada vez mais e mais rápido
Espantosamente determinado a nos vencer.

Ao longe avisto e visto-me para a batalha
E que venha a vida:
Estou-lhe de braços abertos e armas em punho.

Penélope SS 

7-6-14  23h:05

De pé

De pé


Deseja-se tanto e tanto
Que quando chegamos perto quedamos gélidos.

Anseia-se muito mais por algo deveras distante
Que, ao tocá-lo, perde-se o brilho da devoção.

De pé estamos diante um do outro.
E será a sinergia tão real quanto se fez na distância?

Desejar é preciso
Amar-te mais ainda.

Penélope SS

7-6-14  23h:16