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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Saudade na noite


Comprida é a noite cuja saudade de você é infinita.
E a cama se faz larga,
com meu corpo arfando pelo teu,
oh musa de meus versos,
beleza imperial que os meus olhos extasiam.

Infinita é a noite e o meu penar por ti.

Penélope SS
18-04-12  01h:00

Vida galharda


A vida me fez assim: estranho e só;
filho sem teto, caminho sem fim,
amargura fria, dor de flor,
anjo sem asas, triste serafim.

A vida me fez errante: deserto infinito,
calor sobre o peito, fogo intenso e constante.
Delírio de Otelo, morte anunciada,
traição condenável, amargura ingrata.

A vida me pregou uma peça: felicidade é não ter,
correr para quê? Por que tanta pressa?
A mim o que me falta é o que me interessa.
O que tenho já é meu,
esqueço um pouco a galharda vida,
tenho fome quero provar teu viver à beça.

Penélope SS
22-4-12    22h:39  

Perdoa-me


Perdoa-me, oh musa, por desejar-te tanto
e tão intensamente assim;
Perdoa-me por olhar-te de soslaio,
pois tenho medo do cruzamento de nossos olhares
acender em mim incontrolável chama;
Perdoa-me por resistir a teus graciosos
encantos de musa casta e virginal;
Perdoa-me por a todo instante conter
meu ímpeto de agarrar-te, ter-te em meus braços;
Perdoa-me por não beijar-te a boca suculenta
e por demais desejável;
Perdoa-me pela covardia de não te revelar
o quanto meu corpo reclama o teu, incansavelmente;
Perdoa-me por afastar-me de ti,
mesmo ardendo no intento de
fixar-me ao teu regaço, colo de suave e amável proteção.

Perdoa-me, oh musa, por amar-te demais a ponto de deixar-te livre.

Penélope SS
10-4-12     23h:08 

sábado, 7 de abril de 2012

Futuro do presente de um amor pretérito (à musa)


Deitar-me-ei de uma vez por todas
já que não há mais o calor de teus braços
a me envolver;
Calar-me-ei de forma finita,
ainda que queira gritar teu nome,
mais uma vez, a todos;
Fechar-me-ei em mim mesmo e serei
apenas lembrança do que fui um dia;
Xingar-te-ei com todas as minhas forças,
mesmo com minh’alma estilhaçada
e gritando em mim ainda teu último suspiro.

Amanhã será o primeiro dia
do verão mais chuvoso que sentirei;
louco, sairei às ruas com meu guarda-chuva
sempre armado, esperando que a chuva
me traga a lembrança do nosso primeiro beijo.

Amanhã te juro que não será fácil
ser como os outros, enquanto dentro de mim
os cacos de minh’alma me devoram
e me condenam a inúmeros sete anos sem ti.

Deitar-me-ei de uma vez e findarei
a visão de tua face lívida e cândida;
o aroma de tua doce pele;
o sabor de tua flesh inconfudível;
o ouvir-te divinamente impura no ápice do prazer;
o tocar-te na certeza de infinitamente
ter-te em meus braços,
agradecendo à Afrodite
tua permanência ao meu lado.      

Penélope SS
7-4-12   00h:52

De tanto sofrer me findo (à musa)


De tanto caminhar, ainda não sei qual o meu destino.
Rodo, ando, dias a fio, noites adentro
e o findar de minha trilha nunca se apresenta no horizonte.
De tanto correr, meus pés já reclamam parada,
mas como tolo que sou continuo a perseguir
o que chamamos de felicidade,
embora ela não esteja nem aí pros meus calos.
De tanto pensar em você, meu cérebro não que mais se ocupar em outros pensamentos (como são tolos os humanos)
um rosto novo e o sol já brilha mais quente;
a noite tem mais estrelas;
até a chuva é motivo para sorrir.

Mas, se tudo que digo for verdade,
por que seu corpo não está aqui a me provocar suspiros?
Por que suas mãos não me percorrem?
Por que sua respiração não me acende o sangue?

De tanto buscar teu prazer,
sinto findar meus dias na esperança ingênua
de unir-me a ti, oh musa de meus versos;
Vênus de meu Olimpo.

Penélope SS
7-4-12  00h:23 

Encontro (à musa)


Há algo em ti que em mim desperta
o desejo de fundir nossos corpos
numa ânsia louca, desenfreada, profunda e voraz.
Fome de bicho; sede de deserto.
É assim que me sinto queimar
quando próximo a ti me vejo
oh musa de meus sonhos,
aurora brilhante que me desperta o sono.

Há algo de incerto entre nós;
algo que aos poucos se vai construindo
e se fortalecendo cada vez mais.
Algo que explodirá em êxtase quando enfim
agraciarmos os deuses com nosso gozo
descomedidamente intenso.

Não há por que temer, oh rainha de meus desejos,
o que se sente.
Somos feitos espírito e carne
para que possamos deleitar
de todos os prazeres apreciáveis.
Não há o que fazer, agora que já despertamos
a doce Vênus, a não ser nos entregarmos
sob sua benção e findarmos tal espera.     

Penélope SS
4-4-12   

Sozinho em reflexão


Quando deito à noite e meus tormentos
vêm me perturbar, é teu nome que eu chamo;
Quando sozinho no quarto,
com o silêncio a me torturar trazendo à minha mente
os pecados que cometi, é teu nome que eu chamo;
Quando acho que não conseguirei ultrapassar
os muros deste mundo, é teu nome que eu chamo.

Somente Ti senhor para me mostrar a luz no final
desse túnel escuro e sem fim;
Somente Ti my Lord para acender em mim
a chama da esperança em dias melhores;
Somente o teu amor para reacender
em minh’alma a certeza da salvação.

Quando pensamos que não há mais nada a aprender,
vem tua força e nos mostra o quanto é grande o teu poder;
A cada dia mais e mais intenso,
eu sinto próxima a tua vinda e intensa a jornada aqui neste lugar.

Quando sozinho em minha reflexão
eu imagino o tempo que estamos perdendo,
desperdiçando tal benção com falsos objetivos e promessas.

Somente Ti senhor para me mostrar a luz no final
desse túnel escuro e sem fim;
Somente Ti my Lord para acender em mim
a chama da esperança em dias melhores;
Somente o teu amor para reacender
em minh’alma a certeza da salvação.

Mas ainda há tempo; ainda acredito no poder da transformação,
ainda acredito em meus semelhantes,
ainda consigo ver tua mão estendida a buscar,
puxar e salvar teus filhos da escuridão. 

Somente Ti senhor para me mostrar a luz no final
desse túnel escuro e sem fim;
Somente Ti my Lord para acender em mim
a chama da esperança em dias melhores;
Somente o teu amor para reacender
em minh’alma a certeza da salvação.

Penélope SS
1-4-12   23h:13

A marca (a Eliseu Silva)


Eu trago em mim o que há de mais belo e infinito;
Eu trago em mim a promessa do homem-Deus;
Eu trago em mim o sangue purificado que fora derramado na cruz para me livrar do pecado.
Eu trago em mim a certeza do infinito amor maior.

A marca da benção divina se faz presente em todo o meu ser,
pois mesmo errando a doce mão da justiça
me acalenta, me pondo no caminho certo.
Até quando fecho meus olhos eu sinto tua mão
a me tocar e, elevando ao mais alto monte a minha voz,
gritarei e louvarei a Ti toda a minha gratidão.

Eu que às vezes me sinto enfraquecer
diante das dores deste mundo;
Eu que ando pelas ruas e vejo irmãos
se entregando, derrotados, por tão pouco;
Eu que tento alertar aos que ainda não
Te conhecem o quanto é bom Te amar e Te adorar;
Eu que também sou fraco, pois sou igualmente
humano e posso errar em minhas escolhas;

Mas contigo ao meu lado, eu sei, oh Deus,
vencidas serão todas as minhas batalhas.   

A marca da benção divina se faz presente em todo o meu ser,
pois mesmo errando a doce mão da justiça
me acalenta, me pondo no caminho certo.
Até quando fecho meus olhos eu sinto tua mão
a me tocar e, elevando ao mais alto monte a minha voz,
gritarei e louvarei a Ti toda a minha gratidão.

Penélope SS
31/3/12   6h:52

domingo, 1 de abril de 2012

Singrar-te


Deixe que eu a frequente com o máximo
de frenesi que há em mim;
que percorra todo o teu âmago
com tão intensa volúpia
capaz de corar a mais bela filha de Afrodite.

Oh indelicado desejo que trago
em minhas entranhas de um dia provar
inconsequentemente teus encantos e recônditos
mais secretos e improváveis.

Permita-me, oh musa, singrar por tuas entranhas
nunca antes navegadas;
Permita-me desbravar tuas mais sigilosas e
impenetráveis sebes à procura de teu suco lívido e vital.

Deixe que eu a desvende;
que tenha inteiramente em minhas mãos
tua caixeta enigmática de Pandora
para que desfrute de teus ares e males
no mais intenso gozo abençoado pelos deuses.   

Penélope SS
25-3-12   23h:28

Professor (Ao mestre Chico Anysio com carinho)


E eis que se vai mais um mestre:
Tão inovador quanto Alencar,
tão ousado e além quanto o gênio Joaquim Maria.

Eis que o mestre encerra sua lição
e felizes aqueles que tiveram o prazer
de serem seus alunos, nesta longa e imensa
sala de aula chamada: vida.

A perda nunca é tranquila,
mesmo que saibamos que ela esteja próxima.

E eis que vi mais um mestre voltar ao pó:
um Da Vinci da alegria,
um Senna da observação.

Certamente o céu está se tornando
um lugar indiscutivelmente aprazível,
pois o Criador está selecionando
com minúcia seus moradores. 

Penélope SS
25-3-12   22h:36

Opostos


Deita-se a Lua para erguer-se o Sol
e com ele a apaixonante e indecifrável
aurora que mais poderia ser um riso de Deus,
tentando nos mostrar toda a sua complacência e amor.

Deita-se Nua a musa celeste
para que Apolo mais uma vez renasça
em seu esplendoroso brilho e calor
tornando mais viva nossa humilde existência.

Penélope SS
22-3-12   23h:20