Caminhamos rumo ao desconhecido
e não sabemos se já é conhecido
a face do libertador prometido
desde outrora, desde o início.
Ouvia os outros dizerem: — Ele chegará!
E por anos voltei meus olhos para o céu, e lá,
cria eu, ser a morada dos que partem.
Mas é triste não ter certeza. E, pasmem,
ainda hoje não firmei minhas certezas
acerca do infinito, do transcendental.
Apenas espero que chegado o meu final
tenham valido a pena todas as minhas proezas.
Caminho rumo ao desconhecido:
Não posso parar, sob pena de ter
todo o meu corpo enfraquecido
pelos caçadores inquisidores, e desfalecer.
Penélope S.S.
24/10/07 14:38
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