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sábado, 11 de abril de 2020

Quadrinha do dia maior


Onde o acordar do solstício veraneio
Anuncia a boa nova do vindouro altaneiro.
Hosana em uníssono, ouve-se por inteiro
Com a vinda do Sal da Terra, imortal Cordeiro.

@adrianorocksilva
10-04-20 20h46min.

domingo, 5 de abril de 2020

Zilda


Poema em homenagem à mãe do amigo,
compositor e cantor Rodrigo Avelino

Distantes as horas e os pensamentos,
Quando em ti ponho olhos meus.
Distantes as vozes ao redor,
Quando sorriso largo em rosto teu.

Alegria de minha face, em tempos tão penosos.
Saída minha, meu Norte, afagos de mãe: amenosos.
Alegrei-me por certo, ao ouvir-te cantar
Doces cantos; aprendi teu falar

E em teus braços firmei meu abraço,
Na firmeza forte da fibra cujo traço
Trago tatuado em meu braço.

A ti, madre honrada e bem nascida,
Mil trovas farei; airosas todas, aguerridas;
Honrando nome teu: formoso, belo, Zilda.

@adrianorocksilva
03-04-20 22h20min.


Náusea


Poema em homenagem a Jean-Paul Sartre

Desci todos os degraus
e caminhei pela longa avenida.
Mesmo com a náusea a me lembrar
de todas as vozes e rostos que deixei
para trás.
Pronto estava para seguir a trilha
tortuosa das ruas frias e
nebulosas de Paris.
Somente me atrai o aroma dos cafés;
o sabor do sal nos acompanhamentos;
braços; óculos.
Peguei minha conta;
fiz gesto de comprimento;
voltei à minha máquina de escrever.
Agradeço infinitamente
a companhia noturna da náusea.
Conversamos sobre as teorias mais intrigantes;
os astros e todos os anéis de Saturno. Sei lá;
Desci meus óculos e bebi minha última xícara de café.
Dormirmos e imaginamos outro poema:
Eu e minha náusea.

@adrianorocksilva
12-03-20 20h33min   


Metalinguagem da rima


Sabida é a rima, que nunca sai de moda;
Tá sempre na boca do povo, rodando a roda
Do tempo; vivendo da chuva e do vento,
Saltando de galho em galho; esperto invento
Humano, lhe digo rimando: a rima é foda.

@adrianorocksilva
02-02-20 21h08min.

Poeminha avoador


Quisera eu, verso meu em boca de poeta
Mas destá que um dia, minha rasteira poesia
Dessas que escorrem feito água em ladeira,

Deixa de ser abstrata e se transmuta em concreta.
Quisera um verso avoando pelo Mundo a fora
De asas abertas, plumagem sedosa, no raiar d’aurora.

Avoando, avoando, no alto céu de anil
Mirando horizonte, erguida fronte
Desfilando fagueira Norte e Sul do Brasil.

@adrianorocksilva
02-02-20 20h44min