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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Súbito

De súbito chegaste. Olhar perene,
cheia de flerte e agrados.
Logo fizeste de mim teu refém.

De súbito partiste. Mãos acenando...
dizendo-me que o amor já se fora de nós.

Amo-te ainda. E não mais como amara.
Amo-te ainda. E bem mais que pensara.

A lembrança de teu riso
é o que me alegra os dias chuvosos.
Não saber onde paraste
é o que me molha os olhos: lacrimosos.

De súbito chegaste: palavras ao ouvido
chegam mais rápidas à alma.
De súbito partiste: sussurros, rangidos,
perdemos a calma.

Amo-te ainda. E não mais como amara.
Amo-te ainda. E bem mais que pensara.

O amor, o susto, o súbito, a perda:
Amo-te ainda: subitamente.

Penélope S.S.
22-6-9 20:52

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