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sábado, 24 de junho de 2017

Quadrinha do silêncio

Quadrinha do silêncio


Quando fechei meus olhos; ouvi
O marulhar dos lábios que a tanto
Buscava por entre lábios tantos. E
No singelo tocar, notei teu acalanto.


Penélope SS  

22-6-17  22h:35

Quadrinha do tolo

Quadrinha do tolo


Fatiguei minhas retinas
Na obscuridade luminosa
Do falso brilho das órbitas
Presentes em tua face inóspita.


Penélope SS

24-6-17  10h:23 

Distante as flores e amores

Distante as flores e amores


Tão distante as flores
Quanto o perfume.
Assim passamos o dia
Aguardando retorno
Dos aromas e primores.


Penélope SS

24-6-17  10h:32 

Poeminha do poeta aniversariante

Poeminha do poeta aniversariante


Felicidades e infinitas palavras de afeto
Abraços e afagos e peito sempre aberto
A poeta nada se deseja mais do que
Rabiscos, fantasias e inventividade.


Penélope SS

24-6-17  10h:39

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Geisha

Geisha


A parte à parte de minha parte,
Deixei-a sobre teus cuidados,
Doce cálido baluarte;
Larguei-me e me fui às cegas,
Mirando parte tua que em mim agrega.
Findei em tuas madeixas
Em teus encantos de gueixa.


Penélope SS

4-6-17   8h:31

Mar ilha

Mar ilha


Poematizei tuas ondas e cabelos;
Cheguei o mais próximo dos teus eus;
Naveguei em ondas e espumas;
Desbravando tuas verdades e veredas
Ilhei-me em fim,
Naufragando onde sois mais atraente.

Ilha minha
Mar de meus desejos
Em ti, Marília, me perco e almejo.  


Penélope SS

4-6-17   8h:16

Tão longe

Tão longe


Gastei todos os meu sapatos
Seguindo sua voz e passos
Vagando por onde suas pegadas
Me atraiam, sem rumo ou chegada.

Tentei não ir tão longe; em vão
Neguei meu desejo, enquanto
Ânsia íntima, angústia e pranto
Devoravam-me; paradoxos, nãos

E inúmeros outros antagonistas.
Pouco a pouco, nessa floresta
Densa e vazia, apenas o som

Do seu cheiro alienista
E inebriante é o que me resta;
Doce maciez; declínio e dom.


Penélope SS

7-6-17  17h:49

A ti, Plumeria

A ti, Plumeria

Dedicado com infinito amor a minha flor Penélope Júlia.

A ti meu ter
E meu ser
Meu ar e mar
Todo oceano
Infinito e plano

A ti meus olhos
E cuidados;
A ti, olhos meus,
Que tanto guardo
E resguardo.

A ti, que tanto amo
A ti, flor dos campos
Aroma de meus dias
Doce nota; suave melodia

A ti que velo
Desde o início
A ti eterno elo
A ti, meu fim e
Princípio.


Penélope SS

9/6/17  00h:17⁠⁠⁠⁠

Recôndito

Recôndito


Mirei teus olhos e contive
Toda minha afeição. Guardei-a
Para quando desabrochar teu
Mais singelo sorriso; me cative

Por noites e dias e verás a teia
Mais terna e recôndita, onde camafeu
Esculpido aguarda por lânguidos
E singelos afagos. Dizeis quando

Virás! Para que assim o álgido
E gélido inverno se esvaia de mim.
Dizeis, dizeis, pois a clamar ando.

Mirei ao longe tua vinda; e, por
Hora, a sombra dos teus passos
Arrefecem meu ser, enfim.


Penélope SS

8-6-17  00h:07

Oceano de Marília

Oceano de Marília


O perigo de mirar
no oceano dos teus olhos
É o naufrágio
que em mim pode se dar.


Penélope SS

10-6-17 23h:44

Poeta sentado

Poeta sentado


Entre amores e flores, segue
O poeta com suas dores. Ergue
E desmancha seus castelos.
São e enfermo: elos de Otelo.

Entre dias e noites; corredores
Intermináveis, segue por açores
Continentais, na busca infindável
Pelo inefável sopro da musa. Instável

Equilíbrio por entre as horas, longas
Por demais, no ir e vir do pulsar; delongas
E mais delongas. Entre tudo que se passa

Com os demais, o poeta mira sempre na graça
Do que não se toca; nos gestos mudos, e acha
Reais os aplausos distantes ouvidos na praça.


Penélope SS
14-6-17  00h:16  


Quadrinha do poeta intruso

Quadrinha do poeta intruso


Ninguém o chama na conversa
Mas poeta é assim: com tudo versa.
Contudo esquece ele de sanar dores
Suas. E assim segue a mitigar ardores.


Penélope SS

14-6-17  00h:25