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sábado, 13 de julho de 2013

Poema a Pessoa



Não é fácil ser o que somos.
Mas este é o nosso encargo;
nosso fardo é sermos,
sem a menor possibilidade de deixarmos de ser.

E eu que pensava em ser melhor
do que isso que vejo quando olho no espelho.

Quebrei meu encanto comigo mesmo;
Hoje não espero, vou lá e pego;
Hoje não peço licença, não há tempo a perder;
Hoje passa rápido, por isso encurto o caminho.

Não é fácil ser o que somos.
Mas a carga é intransferível e inegociável
(por mais que relutemos).

Penélope SS
13-7-13  23h:44

Labirinto chamado eu



Onde deslizo minhas mãos e faço soar
a doce melodia das teclas é onde deixo minhas amarguras;
Aqui não é mais o lugar que desejo estar.
Nesta sala; neste banco; mirando o branco e preto,
me deixo escorregar e ser levado a outra dimensão.

Onde me sentia à vontade,
agora jaz uma carga incalculável
de mim mesmo que não suporto mais carregar.

Onde despejo palavras
aparentemente desconexas
é o mesmo lugar onde, certamente
voltarei, a fim de vomitar mais e mais de mim
que em mim se remexe e me impõem sua libertação.

Onde? Onde? Onde?
Onde será que me perdi?
Onde será que me deixei?
Onde será a saída deste labirinto chamado eu?

Penélope SS
13-7-13  22h:45

Hoje é dia

Hoje é dia de volume máximo;
Ouvidos atentos, cordas timbrando.

Hoje é dia de gritos e versos no mais alto grau

Cantai-vos roqueiros, cantai-vos.

Hoje é dia de noite longa;
Hoje é noite de suor e pulos.

Cantai-vos roqueiros, cantai-vos.

Penélope SS

13-7-13  18h:42