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domingo, 6 de janeiro de 2013

O inferno de dantes (A velha mãe ocidental)


A dona velha Europa que dantes fora soberana,
Hoje amarga xingamentos,
olhares de revés;

A dona velha albina Europa que dantes fora paparicada,
Hoje esmola pelos continentes
Amigos que a façam sorrir novamente;   


A dona velha albina estrelada Europa que dantes fora inquestionável,
Hoje se recolhe, retrai-se
diante de apontamentos alheios;

A dona velha albina estrelada unida Europa que dantes fora inseparável,
Hoje expulsa seus filhos
ao menor sinal de falência;

A dona velha albina estrelada unida cultural Europa que dantes fora cantada
em verso e prosa,
Hoje ainda o é, mas suas rimas
são pobres e suas estrofes medíocres.

Penélope SS
2-1-13  14h:33

2013 ou numerologia


(...)
O número da sorte;
O número da não-sorte;
A idade de cristo;
Os dentes da boca;
Um terço da besta;
O mesmo sexo;
(...)

Penélope SS
2-1-13   14h:43

Crise incurável


Há tantas e tantos tipos (de crise) afligindo a Europa
Que nem Freud e Platão juntos as conseguiriam explicar.

Melhor metamorfosear-se, como fez Kafka.   

Penélope SS
2-1-13  14h:50

A folha na parede


Não há nada de novo:

O mesmo sol;
A mesma chuva;
O mesmo calor;
A mesma neve;

Apenas uma folha diferente
pendurada na parede.

É a isso que chamam ano novo?

Penélope SS
2-1-13   14h:54

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Os Maias tinham razão (a Lêdo Ivo)


Apagou-se o último Farol poético;
Escureceu-se o brilho que dava Norte;
Cumpriu-se, por fim, o escrito profético:
Findou-se o Gênio; venceu-lhe a Morte.

Penélope SS
1-1-13   21h:12

2013


Vem chegando o que se diz novo.
Mas, não o há, se em nós permanecer
o que velho ainda é.

Vem de longe o aroma inebriante
(chamado esperança),
Impregnando nossas malfadadas narinas. 

Penélope SS
1-1-13   21h:34