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domingo, 29 de janeiro de 2017

Poema à cantante

Poema à cantante

Poeminha em homenagem a Karla P


Caminho longo, estrada comprida
Mas cada passo dado me faz aguerrida
Com fibra e força; gana e desejo.
E assim caminho e caminho
Sem mirar os percalços,
Mas sim o que almejo.


Penélope SS

4-1-17  21h:09

Poema enigma

Poema enigma



Ora, dizei-me, te amo
E quão tolo me faço
Ao ouvir teus sussurros
E sentir teu abraço.

Ora, bem sei eu
O quanto de ti se foi
Com o revoar das aves
Com o canto do rouxinol
Com o rubro e majestoso
Pôr-do-sol.

Sentei-me na fina areia
Enquanto o mar cantava
Suas canções homéricas.

Ó, Ulisses, coração amado
Por tão bela musa;
Ó, Ulisses, amante ímpar
De rainha firme em Ítaca
A tua espera;

Ora, dizei-me, te amo
Mas em mim é que vejo
O véu do céu de Penélope
A revoar na direção do mar
Dizendo-te, adeus.


Penélope SS
9-1-17 23h:36

Poetizei-me

Poetizei-me


E ao ver-te assim tão dispersa
Corpo e mente em tuas dores imersa
Permiti-me o vislumbre da imagem;
Tuas mãos ali na suave margem

Das horas. Ora direi, poetizei-me
No instante em que a brisa em ti
Água se fez; poetizei-me em fim
Na conversão sucedida em mim.


Penélope SS

13-1-17  22h:30

Virgínia

Virgínia

Em homenagem ao imortal Edgar A. Poe


Ouvi ao longe voz tua, amada minha
Ouvi teus olhos em chama e tua boca
Em doce canto a embalar-me a louca
Vida que me destinou os céus; linha

Tênue essa que nos sustenta
Nos dias e noites obscuros;
Na penumbra das horas; muros;
Solidão; oh amada Virgínia; sedenta

Por ti a morte está, à espreita de um sopro
Teu, meu amor. Virgínia! Virgínia! Morro
Se me deixas tão somente sem tua cálida

Existência; Virgínia! Virgínia! Quão
Fria é essa noite em minh’alma,
Pois a foice ceifou-me a vida, o chão.



Penélope SS
21-1-16 18h:37

Perséfone

Perséfone

A Egar A. Poe


Deitei-me em tua gélida alcova
E espreitei tuas retinas, na espera
De resposta, oh dama sombria.
Dizei-me! Dizei-me! Quão

De meu sofrimento te alimenta o seio?
Quão de minha angústia fúnebre veio
Destinada a guarda tua? Reviro-me
Em teu féretro mas é vã toda luta

Uma vez que em mim sinto teu abraçar
Libitina Perséfone, a mirar-me nesse
Ataúde transpassado de tua presença.

Deitei-me em teus braços, funesta deusa
Deixei-me seduzir por teus globos pungentes
E me fiz teu amante, na longa noite regente.



Penélope SS
21-1-17 19h:33

Visões a dois

Visões a dois

Poema elaborado em parceria com a artista Jennifer Yamashita


Uma rede
Um cheiro
Um beijo

Um gosto
Muitas flores
Vários desejos

Um amor.

Momentos aos montes

Momentos de alegria
Momentos de tristeza
Momentos de parceria
Momentos de beleza
Momentos de amores
Momentos de rancores
Momentos infindos
Ao pé da árvore
À beira-mar
No lar
No ar
Braços abertos aos livramento
Firmamento celestial

Os momentos são a chave do viver
A chave que abre e transforma
Cria e renova.

Todos nós temos...


Penélope SS e Jennifer Yamashita

25-1-17  22h:10