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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Céu estrelado: entre Deus e a Morte

A Edgar Poe

Céu que encobre nossas mazelas.
Fragrâncias de soníferos estrelares
vindos de além-céu. Todo o fel sentimos
na Morte estridente e maldizente.
Ah! Eu não sabia que a dor da foice mortífera
era tão profunda.

Apaguem essas luzes
e me deixem partir de uma vez.
O que me prendia nesse lugar já não mais está aqui.

Céu! Céu! De estrelas que caem sobre os meus ombros.
Céu! Céu! Que desmoronai sobre minha cabeça.

Clamar é preciso, mas Deus há de escutar?

Quer sim... quer não...
Não saber é bem pior que já estar morto.

Clamar é preciso e eu preciso de clamores.
Salvai Senhor essa alma
que já é finda nessa noite
pecadora em que a deusa negra do açoite me vem buscar.

Penélope S.S.
22-6-9 20:43

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