A Edgar Poe
Céu que encobre nossas mazelas.
Fragrâncias de soníferos estrelares
vindos de além-céu. Todo o fel sentimos
na Morte estridente e maldizente.
Ah! Eu não sabia que a dor da foice mortífera
era tão profunda.
Apaguem essas luzes
e me deixem partir de uma vez.
O que me prendia nesse lugar já não mais está aqui.
Céu! Céu! De estrelas que caem sobre os meus ombros.
Céu! Céu! Que desmoronai sobre minha cabeça.
Clamar é preciso, mas Deus há de escutar?
Quer sim... quer não...
Não saber é bem pior que já estar morto.
Clamar é preciso e eu preciso de clamores.
Salvai Senhor essa alma
que já é finda nessa noite
pecadora em que a deusa negra do açoite me vem buscar.
Penélope S.S.
22-6-9 20:43
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