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quinta-feira, 1 de abril de 2010

ao infiel

ao infiel

Triste daquele que não lamenta
a perda sofrida de um ente querido.
Chorar não consegue, nem ao menos tenta
encontrar as palavras que deveria ter dito.

Na hora da morte, diante da dor,
se cala, não fala, palavras não tem.
Jaz frio, no canto, sentindo temor
daqueles que olham com repulsa e desdém.

Se uma cova existisse, seria bem-vinda
para esse vivente de natureza tão fria,
e nela, infiel, viverias ainda

A dor de ser só, nessa cova vazia.
Então saberias que amor há ainda
pois, mesmo por ti, alguém sofreria.

Penélope S.S.
18/09/07 17:15h

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