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domingo, 4 de abril de 2010

poema sem face

poema sem face

É findo todo o penar,
Se as súplicas são aceitas.
E ainda maior o prazer
De quem se permite ceder o perdão.

É tola toda a guerra
Que não tem sentido. (nenhuma tem)
E ainda mais tolos são os homens
Que se aniquilam por suas pátrias.

É finda, em mim, toda a esperança.
Toda migalha de crédito
Deixei aos otimistas.

Que tempo mais difícil esse!
Que poema mais sem face esse!

É findo o amor entre as pessoas,
Assim como é crescente as relações mecanizadas.
Falam-me às ruas:
— Meu companheiro.
Respondo sem reconhece tal face:
— Estava com saudades.

Que tempo mais difícil esse!
Que poema mais sem face esse!

E, acredite, quando o chamo assim: POEMA.

Penélope S.S.
20/06/08 15:10

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