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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A ela

A ela

A Pitty

A ela que fala aos outros exatamente
aquilo que não gostam de ouvir;
A ela que se diverte com os olhares desejosos
de seus inimigos querendo,
ansiando pelo seu corpo em movimento;
A ela que nunca cala a voz;
A ela que vem toda de preto e soltando suas palavras
ao vento que lhe retribui com um sopro de Deus,
erguendo todo chão em doces solavancos
sonoros de sons absurdamente magnéticos;
A ela de corpo marcado; tatuado feito marca de vitória
em guerra sangrenta;
A ela de movimentos sinuosos feito serpente ondulante,
prá-lá-prá-cá, prá-lá-prá-cá, prá-lá-prá-cá, prá-lá-prá-cá
a espreitar-nos a vigiar-nos;
A ela que se metamorfoseia a cada dia em inúmeras;
A ela todos os olhares e gritos;
todas as mãos e braços;
todos os predicados e predicativos;
A ela não só o prêmio mas também o reconhecimento;
não só troféu mas também o pedestal;
não só o abraço mas também a sinceridade;
não só o poema mas também o júbilo.

Penélope SS
30-5-11 22h:24

domingo, 29 de maio de 2011

Eu vi o mestre-farol

Eu vi o mestre-farol

Ao mestre alagoano Lêdo Ivo

Um dia eu vi o mestre: E estava ele a caminhar
com seus passos serenos, suas palavras pausadas
e firmes e suas ideias ainda tão claras e certas.

O mestre da minha terra é farol
a iluminar os necessitados de poesia
que caminham a passos incertos
pelas estradas íngremes das palavras.

O mestre da minha terra é pão
a alimentar a fome dos poetas delgados
que vagam pelas ruas
a suplicar inspiração.

O mestre da minha terra é água
a saciar a ardente sede de saber
que se fez presa
em nossas bocas.

O mestre da minha terra é pão e vinho
a abrandar as dores
guardadas n’alma dos viventes
de terra sua.

O mestre da minha terra é rocha firme-sem-medo.
É farol de luz intensa
Brilhante, viva, imensa
Luzente-sol de alagoas: és tu Ivo Lêdo.

Penélope SS
29-5-11 14h:50

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quem vem lá?

Quem vem lá?

Quem vem lá?
De tão distante lugar que ainda
não consigo precisar o momento
exato da tua chegada? Mas venha.
Venha ao meu encontro
que a permito tal experimento.
Oh! Absinto de meus sonhos;
ópio de meus prazeres.
Venha, venha até meus aposentos
e se permita inebriante deleite de gozos.

Quem vem lá
que ouço cheiro mas não sinto passos;
Quem vem lá
que vejo sombras mas não sinto gestos;
Quem vem lá?
Que venha logo.
Tenho pressa de mundo; de beijo; de tudo.

Tenho pressa de saber onde se escondem as respostas.

Penélope SS
17-5-11 23h:06

O olhar

O olhar

Este doce olhar que me mira tão amável
E mais doce é meu desejo em tê-lo. Inefável
Ardor que em mim não cessa e me queima
A alma o ígneo anseio de colher-te a seiva

De tua flor; a doçura suave do teu regaço
Mais que casto, diria imaculado. Abraço
Eu meu abandonado leito e por vezes é teu
O nome que me vem à boca. E reclamo meu

Corpo no teu. Quero-te já e tudo que é teu
Quero agora entregar-te tudo que meu é
Para que se dê em nós o prazer desregrado, ateu.

Oh! Belos olhos, joias de meu desejo, a fé
Com que anseio amar-te por demais em mim é
Forte que me toma todo o tempo que é meu.

Penélope SS
17-5-11 21h:57

Amor em quatro versos

Amor em quatro versos

Dedicado Cirino e Inocência

O amor não tem sim-não
Quando vem levanta nós
Levando pedra, pau, chão
Tufão gigante, vibrante voz.

Penélope SS
17-5-11 00h:12

sábado, 14 de maio de 2011

Poema à viva-estrela

Poema à viva-estrela

Dedicado com todo carinho a mais nova estrela Ludmilla.

Quem diria que um dia do céu estrela viria
Tão luzente e em forma de gente chegaria
Entre nós. Damos graças por tão bela vida
Que do firmamento chega: sê tu bem-vinda

Ao seio do nosso lar. Quem diria que um dia
Se faria real o infinito-amor e aqui habitaria.
Por isso te louvamos e junto a ti doce-flor, filha
Fruto do amor, estaremos sempre em sua trilha.

No céu cantam os anjos; na terra o astro-rei brilha
Iluminando a ti e te mantendo sempre aquecida
Para que consigas vencer as barreiras desta lida

Que se inicia. E a Forte-Mão que do céu guia
A todos nós se torne escudo em ti, que cintila
Em nós reluzente luzir: viva-estrela, Ludmilla.

Penélope SS
14-5-11
23h:29

domingo, 8 de maio de 2011

Um poema pra dois

Um poema pra dois

Homenagem a duas maravilhosas pessoas que vieram ao mundo no mesmo dia 24-4.

Definitivamente não saberei se o soneto
Que pretendo formar se fará compreender,
Uma vez que meu desejo é a dois agradar. Almejo
Porém dar graças aos céus por sempre poder

Contar com fortes égides ao meu lado.
Triste é o homem que amigos não tem
E passa pela vida sem lembrar-se de alguém
Que o tenha ajudado a suportar seu pesado fado.

Hoje cantamos e louvamos, pois é dia de festa;
Hoje que é glorioso o dia, jubilosamente nos resta
Agradecer o divino nascimento de tão luzentes

Almas, desejando-lhes vindouras datas. E, nesta
Minha modesta homenagem, fazer-me estridente
Exaltando o privilégio da amizade desses belos viventes.

Penélope SS
5-5-11 21h:59