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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Poeminha de despedida

Poeminha de despedida

A todas as minhas leitoras


Acalmai-vos que já é tarde
E todas as damas já se recolheram
Aos seus aposentos. Todos os
Apertos de mão foram dados
E as taças que a pouco transbordavam
De bolhas e risos, agora se prostram
Num canto qualquer da sala escura.

Acalmai-vos que já vejo as cortinas
Se cerrarem e ouço a voz firme e
Direta do diretor dizer: - Corta!!

Acalmai-vos, querida leitora
Que já findei minha tarefa
Para contigo; e por hora
Me vejo novamente na
Árdua missão de reiniciar
Nosso ciclo vicioso
Chamado poesia.


Penélope SS

9-10-17  21h:11 

domingo, 8 de outubro de 2017

Dia de sol

Dia de sol

À amiga das Letras Dani Batista Andrade


A ti os bens e os parabéns e o além
De parabenizar. A ti o dia tão solar
E límpido nessa manhã de outubro
E o mais das flores e dos aromas
Dos campos e o marulhar das ondas
Nesse infinito mar de Odisseu.
A ti a estima e a grandeza, postas
Na alma de tamanha realeza.
A ti as Letras mais altíssimas
Postas em garrafais madrigais.
Parabenizar é preciso, ao tempo
Em que celebramos as palavras
Imortais do poeta lusitano, todavia
Lancemo-nos ao mar pois nadar, seguir
E viver se faz necessariamente intenso.


Penélope SS

8-10-17  7h:41

Deverasmente

Deverasmente

À amiga e incrivelmente fotógrafa Jennifer Yamashita


Deverasmente o som, a alma do pianista
E as tintas multicores da artista
Se coadunam como se fora partes de
Um todo. Assim também a lente que

Mira sua retina sobre o cotidiano,
Buscando em nós, seres provincianos,
O que demais há de encantado. Ah! Fardo
Nosso; idas e vindas diárias, rotina, dardo

No peito e sorrisos amarelados. Seguiremos
Paulatinamente no entra e sai de gente;
No caos definido e organizadamente

Posto em nossos hipotálamos, enquanto
As telas e lentes dos renascentistas
Nos capturam ao seu bel prazer.


Penélope SS

8-10-17  7h:16

Alma de poeta não dorme

Alma de poeta não dorme


Meia-noite jaz e ainda me flui o labor poético.
Nesses dias tão caóticos, me resta deitar
prolongadamente durante a tarde,
ao passo que no breu noturno
é que surgirão os delírios poéticos;
tanto vagar a ludibriar as horas mais calmas dentro da noite.
Meia-noite jaz e de tanto buscar saída de mim,
minh’alma se fez independente,
ao passo de não mais obedecer aos meus comandos.

Deitar-me-ei

ao passo que o cantar do galo
avisa aos transeuntes que
é hora de laborar.


Penélope SS

1-10-17  00h:08

Poesia noturna

Poesia noturna


A espreita anda me vigiando
Certo poema noturno. Não me
Admiro que já não me tenha
Tomado de assalto minha pena
E posto ele mesmo suas ideias
Absurdas nesta folha em branco.


Penélope SS

1-10-17  00h:00

Poesia na porta

Poesia na porta


Não temas se por acaso o poema não vir.
A decepção do poeta sempre é maior
Que a do amor.
E assim seguem a caneta e as flores
No triste buscar de outros olhares.


Penélope SS

30-9-17  23h:55