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domingo, 4 de abril de 2010

se me deixas, morro

se me deixas, morro

Deixei minhas mãos soltarem as suas
E segui, subi as escadas, saí pelas ruas
Sem saber se, ainda, minhas mãos tocariam as tuas.

Deixei meus olhos fitarem os seus
Naquele triste instante, no momento exato do adeus
E saí a vagar, a pensar, — Seu amor ainda é meu?

Deixei meus ouvidos com o barulho do motor
Que aos poucos soava mais longe e mais fraco.
Será que soava também assim?
Será que soava fraco, cada vez mais fraco, o seu amor por mim?

Deixaste o meu olfato sentir o teu cheiro.
Fizeste mal, não faças assim,
Pois sabes que morro, sabes que choro,
Sabes que peço, sabes que imploro.
Não partas, amada, não partas,
Porque morrerei sempre que sentir
Tua fragrância, que impregnaste em mim.

Vaguei pelas ruas, vaguei
Sem rumo, sem canto e sem lei.
E quando em casa sozinho me vi
Caí pelos cantos, sem ti que sempre amei.

Penélope S.S.
22/05/08 20:28

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