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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Poeminha

Poeminha

Feito em parceria com a artista Jennifer Yamashita

Amor crescente
Espantosamente
Infinito em chama de perene.

Os girassóis do teu jardim
As margaridas do meu
Enlaçados, deusa minha, servo teu,
Tornando-se belo, único e sem fim.


Penélope SS

18-2-17  18h:53

Perder

Perder


perdi-me na imensidão do azul;
águas límpidas
sal de tua boca
gosto do teu mar anil.

deixei-me ir
vai-e-vem de teu ser
teu calor; amor; odor
de tuas entranhas
e firme me fiz
teu.


Penélope SS

12-2-17  15h:02

Tudo

Tudo


tudo em ti atrai o que em mim
curioso se faz; olhos de marfim
a tragar-me o ser, despertar desejo.
tudo que há de cheiro; tua pele, beijo

que tanto aguardo; queimando em febre
meu corpo na ardência vulcânica que me segue
noturnamente. Oh! Delírio febril; dor
de amor que a musa não arrefece.

quisera dia claro, sol aberto
teu peito ao meu (prazer, suor de certo).
quisera o mais, teus gemidos e ais.

quisera em fim tua parte em mim
teu frescor de jasmim
pois em ti tudo me atrai.


Penélope SS 

13-2-17   1h:24

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Marília de Dirceu

Marília de Dirceu


Ah! Marília, eis que de longe avisto tua imagem
E quão bela és, minha doce e amada Marília.
Ai de mim que passo os dias
A contar as horas; aqui nessa morada triste e fria,

Distante de beleza tua, quem diria,
Minha doce e afetuosa Marília.
Quiseras a Natureza nos permitir tal encontro,
Mesmo que não um romance todavia

Um conto que fosse já me agradado faria,
Oh minha doce e amada Marília.
Já em Homero busquei tamanha graça e lindeza,

Visitei Camões, seu intenso amor e simetria.
Mas confesso, em vão foi a busca, pois tão perto havia
Tua imagem de Vênus, doce e amada Marília.



Penélope SS
5-2-17 00h:01

Vênus, amores e dores

Vênus, amores e dores


Teria Virgínia abertos seus olhos
E dito a seu amor o quão de vida
Ainda lhe restaria para esperá-lo
Abraçá-la novamente? Triste

Amor que despedaça poetas.
Vênus, dizeis o prazer que sentes?

Teria Helena percorrido infindos
Mares na busca inebriante pelo
Calor de Páris, ainda que sabida
Fosse a finda vida do jovem amado?

Triste Amor que despedaça poetas.
Vênus, dizeis o prazer que sentes?

Teria Otelo, cego ao ponto de julgar
Sua doce amada, evitado tamanha
Dor ao saber da trama, vil e ardilosa,
Contra a doce Desdêmona, elaborada?

Triste Amor que despedaça poetas.
Vênus, dizeis o prazer que sentes?


Penélope SS

31-1-17  00h:25

Afagos ao outro

Afagos ao outro


Não a mim, mas a quem penso ser
É esse e a quem devem admirar, louvar
Pelos atos e bravuras; pela espada em punho.
A mim que apenas sou, deixem o fardo e a dor.

Não a mim, mas ao ator esguio que interpreto
Quando saiu às ruas, quando em cena pareço
Um jovial e triunfante Peri; vigorosamente
Um César ao possuir Cleópatra. Oh! Quão demente

Me vi diante de tão rigoroso público que
Decidi transmutar-me em figura outra.
Quão de verdade me trazem teus aplausos?

Ouço ao longe, nas poltronas, sussurros e risos
E as mulheres com suas mãos suadas e seus
Olhos fixos em meu ser. A mim não,
Ao outro, sim, esses afagos devem ser.


Penélope SS

4-2-17   22h:38

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Tempo

Tempo


Caminhei durante todo o dia buscando
A sombra da tua morada e quando
Cheguei a tua porta, cerrada estava tua entrada.
Gastei todos os meus sapatos em vão;
Enfim findou-se o dia e as horas
Enfim pôs-se o sol
E o crepúsculo me lembrou
De retornar à minha jornada.


Penélope SS

3-2-17   00h:03

Quadrinha da lembrança

Quadrinha da lembrança


Lembrei de ouvir teus passos e
Pegadas; lembrei do aroma da tua voz
Ao dizer o quão logo passaria a estadia
E o regresso seria intenso e duradouro.


Penélope SS

23h:32   31-1-17

Quimera homérica

Quimera homérica


Estendi a ti minhas palavras
Fui até onde meu desejo permitiu
E salvei alguns sorrisos teus; sacra
Tua imagem e tua escultura. Advertiu

Me Aretusa em sonho que real
Seria tal visão; e agora desperto
Por demais em pranto, espanto reto
Em meu quarto; buscando o surreal,
 
Face tua, mãos e braços que me aquecem
Na gélida noite dentro da noite. Eis
Que somos quimera; somos? Podeis

Tu me dizer o que há em tua fantasia?
Devaneios, Odisseias Homéricas, ilhas
Onde podemos nos ilhar e nada mais.


Penélope SS

31-1-17  23h:17 

Quadrinha da chuva e da noite

Quadrinha da chuva e da noite

Poema feito em parceria com a artista Jeniffer Yamashita


Quando cai a noite
As janelas se fecham
As luzes da cidade se acendem
As ruas ficam desertas
O vento tenebroso assovia alto...
Como o grito de meu silêncio.

E gota a gota ouço o cair dos céus
Escorrendo sobre minhas angústias.

Quando cai a noite
Caem todos os véus
Todas as vozes se fazem sonoras
No tempo presente (infindas horas).


Penélope SS e Jeniffer Yamashita

29-1-17  23h:37

Quadrinha de meus pés

Quadrinha de meus pés


Passo a passo desenho a estrada
Seus relevos, saídas e entradas.
Passo a passo sigo no compasso
Das horas; noite a dentro, dia a fora.


Penélope SS

29-1-17   23h:24