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quinta-feira, 1 de abril de 2010

aos meus amores e amigos

aos meus amores e amigos

Que será do Mundo, quando partimos para não mais voltar?
Que será das pessoas que gostamos, e dos momentos que passamos?

Que será da poesia de Drummond, quando meus olhos não se abrirem mais?
Que será dos versos camonianos, quando meu amor chorar sobre meu corpo?

Que será dos meus versos, quando meu pensamento não mais viver?
Que será dos meus amigos, quando eu disser adeus?

Irei para onde vão os poetas?
Ou irei para onde vão os que se acham poetas?

Ah! se meu nome fosse Raimundo!
ao menos faria parte de uma poesia drummondiana,
mas sou Silva, sou apenas um vivente nesse mundo de Carlos, João, José, Pedro
de pessoas que nascem e morrem
e passam toda a vida a procurar a felicidade.

Que será de ti ó Mundo?
“Mundo mundo vasto mundo”

Que será de ti minha amada querida?
que por noites velou meu sono tão suavemente
que por anos e anos me acolheu em seu doce regaço
e me fez repousar, aguardando o nascer do dia.

Porém, é preciso partir
é preciso que se diga adeus
aos amores e aos amigos
aos lindos poemas de Drummond,
de Camões, de Pessoa, de Gregório
de Cecília, de...

Porém, é preciso ir
é preciso que se diga a todos que se ama:

ADEUS... “Mundo mundo vasto mundo” é chegada a hora de deixar-te.

Penélope S.S.
21/09/07 14:17h

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