Gosto de escrever para a Dama-da-noite.
Quem sabe assim com meus versos
a convenço a deixar-me cada vez mais
neste meu pequeno universo.
Dama-fria, sem carne e sombria
que na noite vagueia, tecendo fio a fio
o seu manto sombrio.
Dama-das-lágrimas, da dor, do silêncio angustioso,
não te comoves nosso pranto lamurioso.
Dama-sem-coração, sem face, nem sorriso.
Sabes tu onde piso, espreitando meu riso, desejando meu tombo.
Para ti escrevo meus versos, mas, de antemão, já te peço:
— Deixai-me aqui: Escrevendo, vivendo e sofrendo.
Pois, para teus braços irei,
quando de mim escapar o prazer de escrever,
findando assim meu labutar.
Penélope SS
01/12/07 00h:57
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