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sábado, 9 de abril de 2011

Sorte Arremessada

Minha dor me carrega como a um fardo
e me deixo levar como um peso morto,
como se não mais me importasse ser torto,
ou ao menos sonhar em ser um dado.

Para então ser jogado pelos outros
com suas mãos molhadas, suadas
nervosas, frias. E nas jogadas
ser a peça que daria maus frutos

ou bons, não sei, pois sou peça
nesta engrenagem desregulada
que a vida chama de premiada.

Mas se sabe que nada é sempre nada
e quem vence sempre sabe jogar bem mais
do que aquele que treme quando arremessa a sorte à mesa.

Penélope SS
22/12/07 16h:04

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