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sábado, 9 de abril de 2011

Outra vez amanheceu...

Outra vez amanheceu...
E quem estava à procura de abrigo
continua a correr... a sofrer...
Não encontra.
Dessa vez o prazer não aqueceu,
e a chama que ardia enfraqueceu.
As mãos estão pálidas
os lábios: cada vez mais brancos.
As lágrimas. O pranto.
O grito. O espanto.
Não. Na floresta só há silêncio
e o silêncio nessas horas não traz socorro.
As mãos gesticulam
fazem movimentos rápidos e desesperados,
e clamam: — Alguém aí fora, me liberte!
— Alguém aqui dentro, me repila!
Ninguém. Ninguém quer se arriscar.
— Tenha calma agora
O fim já esteve mais longe
Logo tudo isso vai terminar.
O sangue em você é pouco e finito
e sinto que em mim também.
Então, acho que não há mais nada a fazer:
O abraço é a chave que leva ao outro lado.
"A luz da vida vibrante" se foi.
"O desenho, o perfume, o delírio."
Adeus...
A Deus...
Eu, mais uma vez, não sei pra onde vou...

Penélope SS
1/03/06 11h:15

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