Escrevo porque preciso
Necessito da escrita como o amor necessita dos amantes
Necessito da tinta como o filhote da mãe pra sobreviver
Necessito da folha como o sedento do sertão necessita da água
Escrevo porque não sei cantar o que sinto
E nisso sinto inveja dos pássaros.
Ah! As vozes suaves das aves de Deus
Belas criaturas
Criações aventuradas
Aos céus! Aos céus!
Cantem! Louvem! Jubilem-se!
Escrevo porque a mim Deus não deu voz de ave
Escrevo porque a mim Deus não deu voz angelical
Mas Deus que é Deus sabe a quem premiar dos seus
A mim voz não deu
Porém eu um teimoso filho seu
Busquei meu falar em palavras de tinta
Busquei meu cantar em lauda escrita
Escrevo e escrevo
E creio que assim meus dias devo encerrar
Com a caneta e a folha nas mãos
Fiéis parceiros de risos e lágrimas
Abrigo, refúgio: luminoso perdão.
Penélope SS
9-7-10 23h:15
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