De onde estou não se podem ver imagens
E sim apenas sons, sussurros. Miragens
Que imagino vê-las um dia transpostas
Em realidade nua, viva e enfim postas
Diante de meus olhos vivos e sedentos
De cores e de meu olfato sequioso, há tempos,
Por um respirar (das aves) libérrimo. Serei eu
Uma ave de Deus? Arte divina ou um camafeu?
Daqui, desse lugar, ainda não me é permitido sair
Mas a mão que me toca e me guarda e que jaz aqui
É divina e sublime. Faz-me Senhor sentir o viver
Fora daqui. Libertai as amarras, deixai-me correr
Pelos campos e prados e relvas a cada amanhecer.
E amar e sofrer e florescer e morrer: discernir.
Penélope SS
16-10-9 23h:56
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