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domingo, 3 de abril de 2011

poema sobre a pretensão anti-clássica

Já li tantos clássicos que,
às vezes, me imagino um deles.
Já conversei com Drummond, Bocage e Homero.
Goethe, Poe, Clarisse e Rosa.
Gregório, Vieira, Assis e Azevedo.
Mas, apesar de tentar segui-los,
não me sinto nem um pouco compelido
a tornar-me um.

Quero repousar quando morto estiver.
Quero não ser invocado por pesquisadores.
Quero que me deixem em paz
no silêncio absoluto da fúnebre casa onde me quedarei.
Os clássicos: que sejam re-mexidos, res-gatados, re-leitos, re-torcidos.

A mim, peço-te sossego e esquecimento.

Penélope SS
08/11/07 8h:27

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