Poema
zero-hora
Gastei
tempo e solado de meus pés
Na
busca de poesia firme e bela. Tolice
Romântica
de quem se prende a épocas
Pueris,
primaveris. De tantos revés,
Tantas
idas e vindas, findei palermice
De
meu ego; sossega poeta, sossega,
Pois
o mais que se consegue são piegas
Palavras,
ranhuras num papel.
Gastei
tempo e saliva; caneta, dedos e tinta.
E
assim, publiquei meus achados e perdidos
Nas
idas e vindas de meus devaneios.
Gastei
paciência alheia; roubei sono teu;
E
assim me fiz visivelmente perdido,
Despercebidamente
ateu.
Penélope
SS
19-3-16 00h:00
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