Meus seguidores

sábado, 19 de março de 2016

Poema zero-hora

Poema zero-hora


Gastei tempo e solado de meus pés
Na busca de poesia firme e bela. Tolice
Romântica de quem se prende a épocas
Pueris, primaveris. De tantos revés,

Tantas idas e vindas, findei palermice
De meu ego; sossega poeta, sossega,
Pois o mais que se consegue são piegas
Palavras, ranhuras num papel.

Gastei tempo e saliva; caneta, dedos e tinta.
E assim, publiquei meus achados e perdidos
Nas idas e vindas de meus devaneios.

Gastei paciência alheia; roubei sono teu;
E assim me fiz visivelmente perdido,
Despercebidamente ateu.


Penélope SS

19-3-16  00h:00

Nenhum comentário:

Postar um comentário