Pedra
e vidraça
A quem
interessar
Aos
que hoje me atiram pedras, aos montes;
Aos
que insurgem suas lâminas, línguas e açoites,
Em
verdade vos digo que telhado hoje sou, vidraça
Exposta
ao sol, chuva e intempéries do caos.
Aos
arroubos dos sapos parnasianos, com
Sua
nota única e uníssona, cantando, ecoando
Seu coaxar, “out, out, out”, sons de outrora,
Idade
das trevas em terra de vera cruz,
Permito-me
recusar teus agrados em troca de
Minha
voz; permito-me abdicar de tuas especiarias,
Teus
achaques e badulaques. Coaxais brejeiro,
Coaxais
o mais alto que puderes, contudo
Não
eis de olvidar que hoje, se vidraça
tornei-me
eu, vindoura aurora tornar-te-á.
Penélope
SS
18-3-16 22h:29
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