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domingo, 6 de março de 2016

Filho da Terra (erma e querida)

Filho da Terra (erma e querida)

À minha amada Terra União do Palmares


Daqui sou
E me basta ser e ter o sangue dessa terra;
Teus brios e gemidos;
Tua impetuosidade destemida e inabalável.
Minha terra embrenha-se,
Percorre meu eu, como se outrora fosse sangue,
Não azul, mas sim rubro,
Red, vermelho, feito luta diária nos campos e prados de tuas serras.

Amo-te, terra minha,
Mesmo distante de tua sombra, teus arbustos,
Teu cheiro e tua fedentina;

Amo-te, sagrada casa dos poetas,
Onde, aos poucos, deitam-se teus letrados,
Um a um, na fria pedra marmórea da Morte.

Amo-te ao longe, feito desleixado amante.
Porém não penses tu que amor menor tenho
Por conta desse hiato entre nós.

Amo-te daqui como se aí estivera;
Amo-te bem firme e servil
Amo-te por hora, por agora e por
Vindoura Aurora.

Amo-te.


Penélope SS

18-10-15   00h:10

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