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sábado, 19 de março de 2016

Aurora

Aurora


Deu-se a aurora em minha existência.
Triste constatação a quem, de tanto ansiar,
Pôs-se a esconder-se nas entre linhas
De mãos calejadas. Debaixo desse sol

Que traz o vir e o porvir, o suor de meu rosto
Expõe todas as rugas, marcas de minha labuta
Árdua e tristonha, calejante e enfadonha.
Constato, por hora, que aurora tornou-se breu.

Deu-se o equinócio, o circular igualitário
Da partida e chegada; braços que dizem
Adeus; lábios sussurrantes; pernas que

Vão e vêm, no piso solitário e frio
Dos portões de embarque e desembarque. Pedirei
Um café, aguardando chegada de nova aurora.


Penélope SS

18-3-16  23h:15

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