Aurora
Deu-se
a aurora em minha existência.
Triste
constatação a quem, de tanto ansiar,
Pôs-se
a esconder-se nas entre linhas
De
mãos calejadas. Debaixo desse sol
Que
traz o vir e o porvir, o suor de meu rosto
Expõe
todas as rugas, marcas de minha labuta
Árdua
e tristonha, calejante e enfadonha.
Constato,
por hora, que aurora tornou-se breu.
Deu-se
o equinócio, o circular igualitário
Da
partida e chegada; braços que dizem
Adeus;
lábios sussurrantes; pernas que
Vão
e vêm, no piso solitário e frio
Dos
portões de embarque e desembarque. Pedirei
Um
café, aguardando chegada de nova aurora.
Penélope
SS
18-3-16 23h:15
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