Deitar-me-ei
de uma vez por todas
já
que não há mais o calor de teus braços
a
me envolver;
Calar-me-ei
de forma finita,
ainda
que queira gritar teu nome,
mais
uma vez, a todos;
Fechar-me-ei
em mim mesmo e serei
apenas
lembrança do que fui um dia;
Xingar-te-ei
com todas as minhas forças,
mesmo
com minh’alma estilhaçada
e
gritando em mim ainda teu último suspiro.
Amanhã
será o primeiro dia
do
verão mais chuvoso que sentirei;
louco,
sairei às ruas com meu guarda-chuva
sempre
armado, esperando que a chuva
me
traga a lembrança do nosso primeiro beijo.
Amanhã
te juro que não será fácil
ser
como os outros, enquanto dentro de mim
os
cacos de minh’alma me devoram
e
me condenam a inúmeros sete anos sem ti.
Deitar-me-ei
de uma vez e findarei
a
visão de tua face lívida e cândida;
o
aroma de tua doce pele;
o
sabor de tua flesh inconfudível;
o
ouvir-te divinamente impura no ápice do prazer;
o
tocar-te na certeza de infinitamente
ter-te
em meus braços,
agradecendo
à Afrodite
tua
permanência ao meu lado.
Penélope
SS
7-4-12 00h:52
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