A
vida me fez assim: estranho e só;
filho
sem teto, caminho sem fim,
amargura
fria, dor de flor,
anjo
sem asas, triste serafim.
A
vida me fez errante: deserto infinito,
calor
sobre o peito, fogo intenso e constante.
Delírio
de Otelo, morte anunciada,
traição
condenável, amargura ingrata.
A
vida me pregou uma peça: felicidade é não ter,
correr
para quê? Por que tanta pressa?
A
mim o que me falta é o que me interessa.
O
que tenho já é meu,
esqueço
um pouco a galharda vida,
tenho
fome quero provar teu viver à beça.
Penélope
SS
22-4-12 22h:39
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