É dia no dia que o dia apresenta.
Nas falas e barulhos que o nascer
do dia expele.
Nos sapatos e pneus ruidosos,
apressados, mal-humorados.
É dia quente no dia que ninguém
percebe que já nasceu. É dia nascente,
pois a noite se fora, discreta e acolhedora.
Mas o dia passa em branco
para os que dele não se dão conta.
Passa o dia, triste e angustiado;
Passa o cotidiano dos transeuntes;
Passa a vida, na rapidez de um bom-dia;
Passa o poema na vista tardia do dia.
@adrianorocksilva
28/10/19 7h30min
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