Perdoa-me,
oh musa, por desejar-te tanto
e
tão intensamente assim;
Perdoa-me
por olhar-te de soslaio,
pois
tenho medo do cruzamento de nossos olhares
acender
em mim incontrolável chama;
Perdoa-me
por resistir a teus graciosos
encantos
de musa casta e virginal;
Perdoa-me
por a todo instante conter
meu
ímpeto de agarrar-te, ter-te em meus braços;
Perdoa-me
por não beijar-te a boca suculenta
e
por demais desejável;
Perdoa-me
pela covardia de não te revelar
o
quanto meu corpo reclama o teu, incansavelmente;
Perdoa-me
por afastar-me de ti,
mesmo
ardendo no intento de
fixar-me
ao teu regaço, colo de suave e amável proteção.
Perdoa-me,
oh musa, por amar-te demais a ponto de deixar-te livre.
Penélope
SS
10-4-12 23h:08
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