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sábado, 7 de abril de 2012

De tanto sofrer me findo (à musa)


De tanto caminhar, ainda não sei qual o meu destino.
Rodo, ando, dias a fio, noites adentro
e o findar de minha trilha nunca se apresenta no horizonte.
De tanto correr, meus pés já reclamam parada,
mas como tolo que sou continuo a perseguir
o que chamamos de felicidade,
embora ela não esteja nem aí pros meus calos.
De tanto pensar em você, meu cérebro não que mais se ocupar em outros pensamentos (como são tolos os humanos)
um rosto novo e o sol já brilha mais quente;
a noite tem mais estrelas;
até a chuva é motivo para sorrir.

Mas, se tudo que digo for verdade,
por que seu corpo não está aqui a me provocar suspiros?
Por que suas mãos não me percorrem?
Por que sua respiração não me acende o sangue?

De tanto buscar teu prazer,
sinto findar meus dias na esperança ingênua
de unir-me a ti, oh musa de meus versos;
Vênus de meu Olimpo.

Penélope SS
7-4-12  00h:23 

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