Teima o
ser em não aceitar o traçado das linhas
Em suas calejadas
mãos. E todos os caminhos
Desaguam
na saída mais íngreme. Morro acima
E força
nas mãos, pois a subida é teste de vida.
Teima o
ser em pintar sobre telas suas cores
Cinzentas e
num dia de chuva atira todas as
Impressões
sobre o tecido esticado. Camadas
Infinitas de
espinhos e rosas; aromas e odores
Ali, diante
do atento olhar de quem o espiona.
Ouve-se o
cantar das aves, anunciando o cessar
Das águas
celestiais; eis que uma fresta do próprio
Apolo
clareia e aquece a face da musa representada
Na tela.
Dilata-se o riso antes contido; expandem-se
Os olhares;
e o ser cede a sede do sabor que o excede.
AdrianoRockSilva
15-09-18
22h36min
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