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domingo, 16 de setembro de 2018

Doces braços de vó


Homenagem a minha amada bisavó

A forma do poema disforma o pensamento,
Limitando todas as possibilidades de expansão.
Deitemos a pena e os neurônios malfadados
Na esteira de palha espalhada no chão

Frio de uma casa de taipa. Ainda ouço o
Dizer de minha bisavó e toda sua sapiência.
Bons tempos são sempre os pretéritos; aromas
De carinho e cuscuz à mesa. Ainda ouço o

Falatório de tios e primos e os animais ao
Redor da casa grande. O som da água fria
Tocando o chão do terreiro; a poeira levantando

E entrando por nossas narinas primaveris.
Bons tempos são os pretéritos... bons e só.
Bons dias e boas tardes nos doces braços de vó.

AdrianoRockSilva
15-09-18  21h:32min

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