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domingo, 16 de setembro de 2018

O brado da independência


O poeta não é um mandador de recados.
O que lhe vem na telha é dito sem nó
E sem atados. Ele mesmo é seu código,
Seu alfabeto e seu signo. Ademais, que

Façam seus julgamentos e conclusões.
O poeta não se baseia no pensamento
Alheio; que lhe reneguem e o atirem
Ao ostracismo midiático. Por hora

O poeta se refestela apenas com sua
Tinta digital e seu papel made in Microsoft.
Viver nos dias atuais é como atuar, fazer

Parte de uma tragédia sem roteiro; uma
Película sem Almodóvar; um divã sem
Freud. Ah, poeta, branda teu brado sem eco.

AdrianoRockSilva
09-09-18   22h:37min


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