Soneto à bela dama: Noite
A Bela dama: Noite
Confesso que amo as horas mais calmas
Da noite. Quando mais puro é o som e minh’alma
Se deleita com o vagar do silêncio. Clareiam-me
As ideias, à medida em que os demais silenciam
Suas vozes. Inteiro comigo mesmo, faço-me,
Despejando anseios diários, imaginários que margeiam
O que em mim é ser. Confesso a ti que a bela
Noite serve-me de refúgio ao passo que cela
É meu dia, com seus rumores, estampidos
E passos largos, cansando-me ouvidos
E pensamentos. Se gostais do claro
Está claro que o terás, pois a mim raro
É vontade de ver Apolo majestoso.
Quero antes a bela dama com calma e gozo.
Penélope SS
12-10-15 00h:25
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