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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Delírios sob o sol

Delírios sob o sol

A Karla P


Aperto o passo,
é hora de seguir em frente mais uma vez.
Quem diria que as coisas seguiriam dessa forma.
Aperto o cinto e piso fundo,
enquanto o vento bate em meu rosto.
Quem diria que a estrada estaria vazia.
Destino incerto é o que se tem de mais certo.
A final a vida não entrega roteiro, é feita assim, no vai-e-vem.
Abro os olhos, é dia de sol forte e tempo aberto e claro.
Secarei minhas roupas, enquanto sigo pela estrada escaldante.
Graus infernais, a pino, digno de Dante e suas memórias.
Aperto o passo e piso firme, montanha acima, tropeçando e seguindo,
removo as pedras drummondianas que a poesia jogou.
Lanterna na mão e o céu como Norte,
andarei por entre galhos e folhas e relvas e selvas
até que chegue onde desejo estar.


Penélope SS

11-10-15   22h:53

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