A
ti não menos que tudo:
Meu
corpo e alma;
Meu
gozo e fúria;
Minha
complacência e ternura;
A
ti não menos que hoje,
pois
o ontem é passado
e
o amanhã é dúbio.
A
ti não menos que todos
os
dedos e mãos e laços e abraços
e
beijos e cheiros e suspiros
e
gemidos e suores e o odor primitivo, animalesco.
A
ti não menos que todos os versos;
todos
os poetas; todas as palavras sofridas,
gastas,
rabiscadas, rasuradas, apagadas, mal-amadas, infinitas.
A
ti que me permeia o pensamento,
nada
menos que meus versos:
repisados,
repetidos, reescritos,
remodelados,
reinventados.
A
ti nada menos que tudo.
Penélope
SS
9-7-12 14h:46
Nenhum comentário:
Postar um comentário