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domingo, 29 de janeiro de 2017

Virgínia

Virgínia

Em homenagem ao imortal Edgar A. Poe


Ouvi ao longe voz tua, amada minha
Ouvi teus olhos em chama e tua boca
Em doce canto a embalar-me a louca
Vida que me destinou os céus; linha

Tênue essa que nos sustenta
Nos dias e noites obscuros;
Na penumbra das horas; muros;
Solidão; oh amada Virgínia; sedenta

Por ti a morte está, à espreita de um sopro
Teu, meu amor. Virgínia! Virgínia! Morro
Se me deixas tão somente sem tua cálida

Existência; Virgínia! Virgínia! Quão
Fria é essa noite em minh’alma,
Pois a foice ceifou-me a vida, o chão.



Penélope SS
21-1-16 18h:37

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