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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O fado de todo César

O vaga-lume luzi dentro da obscura teia
Guiando os passos do cego que tateia,
Tropeça e aos trotes segue a alcateia
Extasiada pelo doce veneno de outrora.

Ora, ora, quem diria... é chegada a hora
Do passo às caravelas? Tempo da Aurora
Reversa? Ora, ora, eis que em nós aflora
A chaga maldizente da ceifadora senhora.

Lume o vaga-lume diante da negrura treva
Que a galope vibrante espalha danosa erva
Pelos arados, prados e Senados. Eis névoa

Turva; mãos e braços ao redor de César
A ceifar o kaiser, enquanto na ilustre fresta
Da História lapida Brutus sua adaga lesta.

@adrianorocksilva
13-11-19 23h40

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