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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Análise freudiana unipessoal inconclusiva

Análise freudiana unipessoal inconclusiva

Não sei por que ou para quem escrevo.
Devo ser eu um marginal das letras.

Sem público, nem leitores;
Sem fama, nem holofotes.

Não sei por que ou para quem escrevo.
Devo ser eu um malfeitor da língua padrão.

Sem glória, nem gozo;
Sem toga, nem trono.

Não sei por que ou para quem escrevo.
Devo ser eu um José: sem festa pra ir;
nem pedras no caminho.

Perdoa Drummond, perdoa.

Penélope SS

20-7-13  22h:53

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