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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O retorno

Cada gesto, por menor que seja, sempre fala mais.
Diz aos olhos aquilo que a boca não conseguiu.
Ah! momento triste este, quando a tarde seguiu
Sem os raios de sol da manhã. E rápido demais

Chegou a noite a me fazer lembrar o torpor
Que antes não sentira, pois havia outro corpo
Por aqui e jaz agora a certeza da cama larga. Morto
Dentro fica o que se fazia eterno e chamava-se amor.

O adeus que se fazia iminente não poderia
Ser mais malévolo. Mas, assim como seguem
As águas e as águias seus caminhos incertos

E firmes, devemos voar e regar novos desertos
A fim de atrair novo amor, nova magia
E então, em cama nova, o ardor não negue.

Penélope SS
2-6-11 23h:33

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