Nunca me fiz de rogada
A Hilda Hilst
Falei a
todos o que quis
Dos meus
versos incompreendidos
Ficou a
compreensão
Dos
enigmas que sempre às claras deixei.
Da Casa
do Sol repleta de vida e som;
Do verso
que me vinha às pressas.
Escrever
não é labuta.
A
inspiração sempre foi minha primeira estrada.
Depois o
debruçar nas palavras. Desentortá-las.
Nunca
dancei como mamãe desejava.
Meus pés
foram feitos para a liberdade da terra.
Por isso
as sapatilhas nunca me caíram bem.
A papai
que tanto amei,
Me fiz
escritora para nivelar-me ao seu labor.
E laborei
deveras durante minhas décadas de existência
Para ao
final de tudo chamarem-me: hermética.
@adrianorocksilva
25/12/22
6h20min
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