Perséfone
A Egar A. Poe
Deitei-me em tua gélida alcova
E espreitei tuas retinas, na espera
De resposta, oh dama sombria.
Dizei-me! Dizei-me! Quão
E espreitei tuas retinas, na espera
De resposta, oh dama sombria.
Dizei-me! Dizei-me! Quão
De meu sofrimento te alimenta o seio?
Quão de minha angústia fúnebre veio
Destinada a guarda tua? Reviro-me
Em teu féretro mas é vã toda luta
Quão de minha angústia fúnebre veio
Destinada a guarda tua? Reviro-me
Em teu féretro mas é vã toda luta
Uma vez que em mim sinto teu abraçar
Libitina Perséfone, a mirar-me nesse
Ataúde transpassado de tua presença.
Libitina Perséfone, a mirar-me nesse
Ataúde transpassado de tua presença.
Deitei-me em teus braços, funesta deusa
Deixei-me seduzir por teus globos pungentes
E me fiz teu amante, na longa noite regente.
Deixei-me seduzir por teus globos pungentes
E me fiz teu amante, na longa noite regente.
Penélope SS
21-1-17 19h:33
21-1-17 19h:33
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