Queima-me
a pele ao tocar-te
E
o sangue que outrora corria retilíneo
Agora
se exalta em êxtase ao sentir
corpo
tão aromático e suculento.
Desejo-te
vorazmente
como
o rei deseja
sua
súdita mais recatada.
Ardo
em frenesi
apenas
em pensar
em
teu monte de Vênus.
Desejo-te
contida e abertamente
Oh
musa de pálio elevado!
Que
horas angustiantes estas que vivo
sem
mirar-te o seio ebúrneo;
Sem
que toque tua gruta
odorífera
e por demais inflada.
Queima-me
a pele e arde-me o sangue;
Louco
estou para regar-te a flor
mais
bela que a última do Lácio;
E
assim saciar-me o torpor
que
se abate sobre meu ser a cada pitada
de
aroma que meu olfato inala à tua inebriante passagem.
Penélope
SS
4-2-12 23h:52
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