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domingo, 11 de março de 2012

Poeminha nada puritano


Queima-me a pele ao tocar-te
E o sangue que outrora corria retilíneo
Agora se exalta em êxtase ao sentir
corpo tão aromático e suculento.

Desejo-te vorazmente
como o rei deseja
sua súdita mais recatada.

Ardo em frenesi
apenas em pensar
em teu monte de Vênus.

Desejo-te contida e abertamente
Oh musa de pálio elevado!

Que horas angustiantes estas que vivo
sem mirar-te o seio ebúrneo;
Sem que toque tua gruta
odorífera e por demais inflada.

Queima-me a pele e arde-me o sangue;
Louco estou para regar-te a flor
mais bela que a última do Lácio;
E assim saciar-me o torpor
que se abate sobre meu ser a cada pitada
de aroma que meu olfato inala à tua inebriante passagem.

Penélope SS
4-2-12   23h:52

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