Poema inspirado na obra O Último dia
de um Condenado (Victor Hugo)
Passou por
mim um cortejo errante
Apressado,
agitado, rumo a lâmina cortante.
E luzia ao
longe afiado o cutelo
Brilhante,
ofuscante, amoroso anelo
Aguardando
a vida para infligir flagelo
Passou o
cortejo que uníssono cantava
A plenos
pulmões e as ruas agitava:
Não é do interesse de quem oprime, ser
oprimido
Não é do interesse de quem julga, ser
julgado
Não é do interesse de quem condena,
ser condenado
Não é do interesse de quem mata, ser
matado
E por onde
passavam, essas palavras gritavam
Alertando
a todos do perigo vindouro
Pois a
toga e o cifrão são escudos de ouro
Que
perpetuam a vida dos safos, mas não as dos tolos.
AdrianoRockSilva
13-08-19
22h26min.