A minha amada e eterna mamãe Cícera.
Ainda que
a brisa arrefece o penar
Ainda que
o sopro alcance o cansaço
Ainda que
as vozes gritem na direção contrária
Ainda que
o ainda perdure dentro das horas
Ainda sim
algo se moveu quando não deveria
Ainda estamos
presos num tempo imóvel
Tentando dar
um passo além da névoa turva
Tentando suspirar
nesse lago frio e deslizante.
O que será
dos sorrisos congelados mirando
Através das
árvores, na penumbra noturna
Que nos
vigia, trazendo pelo ar um fel
Amargo e
gutural? Estamos como folhas
Soltas,
vagando ao sabor acre de Éolo,
Fadados a sentir
tua ausência até o fim dos dias.
AdrianoRockSilva
21-02-19 20h:40min
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