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quinta-feira, 29 de março de 2018

Esconderijo vermelho


Não rimo a rima certa e nem a incerta.
Faço a união do que me angustia
nesse exato momento
e assim trafego entre o que seria poesia
e a inutilidade de ser poeta inválido.
Fora de mim a obrigação das redondilhas
e das assonantes.
Fora todos os lápis do estojo.
Apenas me deixem com minhas tintas
primárias e minha folha encadernada.
De resto, levem tudo...
e fechem todas as portas quando saírem,
para que os cães famintos
não consigam me farejar
aqui dentro de mim mesmo.

Penélope SS
21-12-17  10h:50

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