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sábado, 4 de março de 2017

A penar

A penar


Doravante direi que o mote
do dia se esvaiu feito vento
que se escapa, nuvem de alento
fresco, virginal. Oh! Quão forte

o suspiro das teclas do piano
acariciadas pelo afago
das mãos suaves e de fino trato.
Doravante serei mais pungente, arcadiano

talvez, um Dirceu ou ateu
um sonhador em meio a vastidão
dos outros viventes. Oh! Quão teu

Marília é meu sonhar; lassidão
em que habito, nas longas horas
de minha existência, que a penar vive e chora.


Penélope SS

27-2-17   00h:25

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